IMPORTÂNCIA DA DANÇA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
São muitos os benefícios da dança para os
indivíduos, tanto psicológico como cognitivo e motor, porém a dança na escola é
apenas utilizada em eventos festivos ou como atividade extracurricular. A dança
é conteúdo da Educação Física; está incluída no bloco de conteúdos dos Parâmetros
Curriculares Nacionais de Educação Física, contudo poucos profissionais se
sentem preparados para utilizá-la em suas aulas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1997) indicam que os conteúdos da Educação Física no Ensino Fundamental, são
divididos em três blocos: esportes, jogos, lutas e ginásticas; conhecimentos
sobre o corpo; e atividades rítmicas e expressivas. É neste último bloco que a
dança está inserida como um conteúdo a ser trabalhado na escola.
Segundo
Shimizu et al (2004), o primeiro passo para pensar na dança
como um valoroso conteúdo educacional é tratá-la como um saber humano. Um saber
produzido historicamente, que de acordo com Saviani (2003) deve ser assimilado
pelos alunos como processo de sua própria produção e não somente enquanto
resultado.
Shimizu et
al (2004) indicam que outra questão importante seria pensar na
educação como saber sistematizado, onde a dança ocupa um lugar privilegiado em
relação às outras artes, pois pode ser considerada como a primeira manifestação
das emoções humanas.
Segundo
Achacar (1998) a necessidade de extravasar um sentimento fez o homem dançar,
antes mesmo de utilizar a linguagem e a música, dançou com passos simples e
místicos seus sentimentos, dançou para anunciar guerra e descobriu que poderia
dançar também por prazer.
De
acordo com Gariba (2005) a dança possibilita a compreensão do corpo e a
possibilidade de estabelecer múltiplas relações com outras áreas do
conhecimento analisando, discutindo, refletindo e contextualizando seu papel na
contemporaneidade. Passa a ser condição para quem trabalha com seres humanos,
principalmente para quem trabalha com educação, em que a multiplicidade de
corpos está presente nas salas de aula.
A HISTÓRIA
DO BALLET
Segundo
Bambirra (1993), os mais antigos registros produzidos pelos homens, encontrados
nas cavernas, tanto nas pinturas quanto nos desenhos talhados na própria pedra,
mostram gestos e movimentos, provavelmente utilizados como passos de dança,
para agradar ou acalmar os deuses, pedir chuvas, curar doenças, agradecer
vitórias, celebrar alguma festa.
O Ballet Clássico surge em consequência do
desenvolvimento e transformação da dança primitiva, que se baseava no instinto,
para uma dança formada de passos diferentes, de ligações, de gestos e figuras previamente
elaboradas para um ou mais participantes (DI DONATO, 1994).
Bambirra (1993) indica que teve origem no
período histórico do Renascimento, no século XVI, na Corte de Médicis, em Paris
e procedência da palavra italiana ballettos, atividade conhecida como uma arte
das elites nas cortes italianas. Tamanha admiração pela dança levou a princesa
italiana Catarina de Médici a introduzir esse tipo de espetáculo na corte
francesa, quando se casou com o rei da França Henrique II, com grande sucesso,
inicialmente refletindo gestos, movimentos e padrões típicos da época.
Mais tarde, o Ballet Clássico atinge o auge de
sua popularidade por meio do rei Luiz XIV, que como amante da dança tornou-se
um grande bailarino e aos 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da
corte. Seu título “rei sol", vem do triunfante espetáculo que durou mais
de 12 horas (BURNS, 1993). Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e
a Academia Real de Música e oito anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet
(SOARES, 1996).
Malanga
(1985) destaca que a partir de então, a evolução da técnica clássica norteou-se
pela busca de leveza e agilidade na qual o bailarino procura o domínio do
corpo, de seus músculos e movimentos, de modo a poder utilizá-lo de forma
expressiva, sem estar preso a limitações naturais. A autora enfatiza que a
técnica clássica possui certos princípios de postura e colocação do corpo, que
devem ser mantidos em todos os movimentos, levando ao máximo as potencialidades
de equilíbrio, agilidade e movimento harmônico, sendo este seu valor e
permanência no tempo.
No
Brasil a história do ballet tem início praticamente em 1927, com a vinda da
bailarina russa Maria Olenewa para o Rio de Janeiro. Neste mesmo ano ela fundou
a Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal, que se tornou o principal
centro de formação de bailarinos no país (FARO, 1989).
CARACTERÍSTICAS
A técnica do ballet exige elasticidade, controle muscular, força,
equilíbrio. Também musicalidade, ritmo, emoção e interpretação. O ballet não é
apenas uma atividade física, é também e principalmente uma arte e exige
disciplina, dedicação e sensibilidade.
LOCAIS DE PRÁTICA
Praticado em diversos países, em escolas, teatros e companhias
de danças.
PASSO A PASSO DA
DANÇA
OBJETIVO
O principal objetivo é mostrar que a partir dessa dança
o ser humano tem mais liberdade de se expressar.
REFERÊNCIAS
A importância da dança nas aulas de educação
física – revisão sistemática. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/282133964_A_IMPORTANCIA_DA_DANCA_NAS_AULAS_DE_EDUCACAO_FISICA_-_REVISAO_SISTEMATICA>.
Acesso em: 10 out. 2018.
SIMÕES, M.; IMPOLCETTO, F. M. Possibilidades para o
desenvolvimento da dança e do ballet clássico nas aulas de Educação Física
escolar. Revista digital, Buenos Aires, ano 15, n° 135, agosto de 2009.
Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd135/danca-nas-aulas-de-educacao-fisica-escolar.htm>. Acesso em: 10 out. 2018.
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